LIV para o mundo >
Blog
Blog
Todas as publicações
Criança negra com as mãos no rosto, em crise de ansiedade.

Como começar o ano letivo com menos ansiedade?

Com uniforme separado e o material escolar já organizado dentro da mochila, a volta às aulas traz várias sensações diferentes, como a euforia pelo reencontro com amigos. Mas é comum que seja também um estopim para episódios de ansiedade. Afinal, o início do ano letivo pode ser um desafio para crianças e adolescentes, que irão ter contato com novos professores, novos colegas e novas responsabilidades.

“As crianças mais novas, por exemplo, podem ter maior dificuldade em se separar dos pais, de se distanciar dessa relação conhecida, que se intensifica no período de férias, quando a família se transforma na referência principal da criança”, explica Ana Carolina Medeiros, coordenadora pedagógica do LIV. 

Já com os adolescentes, além das grandes mudanças enfrentadas, a ansiedade pode ocorrer em decorrência de cobranças pela escolha da profissão e por um bom desempenho no vestibular. Além de todas essas questões, em todas as faixas etárias a experiência do ano anterior, com vivências mais ou menos positivas, podem afetar as expectativas para o novo período. 

“Tanto crianças quanto adolescentes podem temer um novo ano escolar por receio de viver novamente situações de desrespeito na interação com colegas ou mesmo medo de não conseguir manter e criar amizades”, destaca. 

Como as famílias podem agir?

Não faltam motivos para o desenvolvimento de ansiedade, mas é preciso refletir.  Como as famílias podem apoiar as crianças e adolescentes, ajudando a construir um início de ano letivo mais tranquilo? 

O primeiro passo é validar os sentimentos das crianças e adolescentes, promovendo espaços de escuta e de fala. Quando há diálogo, é mais fácil identificar o que está acontecendo e manejar melhor a situação, buscando soluções. Além disso, é importante que eles sintam que estão sendo ouvidos e suas emoções, validadas.

Cada criança e adolescente vai ter sua história e anseios,  muitas vezes opostos àqueles que os pais sonhavam. E vale lembrar que, acolher as escolhas que conversam com a singularidade de cada um é um caminho que pode ser seguido e que vai diminuir a ansiedade não só dos filhos, mas também dos familiares.

 


Veja mais conteúdos sobre o tema:

Crianças e jovens ansiosos: saiba como as escolas podem ajudar

Alunos ansiosos, agitados e com dificuldade de concentração: o que fazer?


Qual o papel das escolas?

Ana Carolina diz que a abordagem das escolas no início das aulas poderá nortear o resto do período. Uma escola que se mostra aberta a ouvir vai gerar menos ansiedade do que uma unidade em que os estudantes não se sentem acolhidos. 

“Pode ser interessante promover ciclos de escuta livre para os alunos para ouvi-los sobre seus sentimentos diante das novas relações, matérias, atividades e responsabilidades acadêmicas”, defende Ana.

Outra maneira que as escolas têm para contribuir é repensar a forma como se relacionam os estudantes: será que estão apenas valorizando resultados acadêmicos, sem investir no desenvolvimento de habilidades socioemocionais dos alunos? 

Quando crianças e adolescentes são capazes de lidar com suas emoções, ficam mais aptas a pedir ajuda quando sentem necessidade. A educação socioemocional, oferecida pelo LIV a escolas parceiras, amplia o repertório emocional dos estudantes, ajudando-os a construir ferramentas para lidar com situações variadas amplia o repertório emocional dos estudantes, ajudando-os a construir ferramentas para lidar com situações variadas. 

Outros caminhos para cuidar da ansiedade 

Ana Carolina também recomenda que sejam empregadas técnicas de respiração, que ela acredita serem capazes de ajudar a clarear os pensamentos e tranquilizar o corpo. Vale utilizar aromas leves, que tornam o ambiente mais calmo. E a prática ainda pode ser divertida, ao perceber como o nosso corpo age enquanto damos uma pausa para respirar de forma tranquila. 

Uma das técnicas indicadas é a da respiração longa, onde o aluno inspira pelo nariz e expira pela boca. É interessante que, durante o processo, sejam realizadas pausas de poucos segundos,, assim como tentativas de focar a atenção para elementos externos, como barulhos e cheiros. 

Outra recomendação da especialista do LIV é dividir os momentos, quando houver muitas tarefas a serem realizadas.

“Diante de grandes projetos ou dias desafiadores, pode ser interessante dividir as demandas em tarefas menores e ao invés de ficar ansioso com os próximos passos, encarar as tarefas uma por uma. Isso pode ser uma maneira de se manter no presente e ser mais produtivo”, diz Ana. 


Gostou do conteúdo e quer conhecer mais sobre o LIV e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais? Confira mais nas redes sociais e fique ligado nos episódios do nosso podcast Sinto que Lá Vem História.

Como começar o ano letivo com menos ansiedade? -LIV Inteligência de VidaComo começar o ano letivo com menos ansiedade? -LIV Inteligência de VidaComo começar o ano letivo com menos ansiedade? -LIV Inteligência de VidaComo começar o ano letivo com menos ansiedade? -LIV Inteligência de VidaComo começar o ano letivo com menos ansiedade? -LIV Inteligência de Vida


Navegue por tags:



O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.