Educação inclusiva: como construir uma escola que abrace e valorize as diferenças?

Quando pensamos em educação inclusiva, imaginamos uma escola adaptada fisicamente para receber todos os alunos, inclusive os com deficiência, seja ela qual for. A acessibilidade, em suas diferentes formas, é importante, não há dúvidas, mas a inclusão vai muito além de infraestrutura. 

A educação inclusiva se expressa no cuidado às crianças e adolescentes, no acolhimento às singularidades e necessidades, no olhar atento e no respeito a cada aluno, independentemente de suas características.

“Dessa forma, é essencial oportunizar espaços para que os estudantes expressem suas subjetividades, individualidades, particularidades e não sejam reduzidos a estigmas e representações, como costumeiramente acontece quando pessoas com deficiência são vistas apenas por seus laudos e diagnósticos”, defende Andressa Abraão, consultora pedagógica do LIV. 

Construindo uma escola inclusiva

A educação, por natureza, deve ser orientada a partir de um currículo e um pensamento inclusivo, ressalta Andressa. Mas ela recorda que nem sempre foi assim. Já houve tempos com segregação e preconceitos que impediram o acesso aos estudos. Hoje ela acredita que estamos cada vez mais conscientes de que é preciso valorizar a riqueza das diferenças, e que isso passa pelas escolas. 

“A escola é um espaço privilegiado para a movimentação da pluralidade de jeitos e maneiras de ser, sentir e estar no mundo. A riqueza da escola está nesse eixo relacional, das convivências. Eu posso me desenvolver com o que o outro me traz de novo. Isso me expande como pessoa e como cidadão”, afirma. 

Como estruturar, na prática, um ambiente acolhedor?

Muitos gestores se perguntam como construir um ambiente escolar que consiga acolher a todos e que dê espaço para essa gama de vidas, experiências e talentos. Para Andressa, a fim de evitar repetir um passado de exclusão das pessoas com deficiência, é preciso capacitar educadores comprometidos com uma escola verdadeiramente inclusiva, diminuindo e extinguindo barreiras na forma de ensinar.

“A orientação é garantir acesso a partir de recursos que contemplem a multiplicidade de expressões sociais, afetivas, corporais, de comunicação, como incentivar a participação no dia a dia e criar um espaço seguro para compartilhar seus gostos, casos reais e inovações”, diz a pedagoga. 

Criando laços com a comunidade 

Como a escola está inserida na sociedade, suas ações e atividades são indissociáveis dela. Por isso, é fundamental que o processo de inclusão envolva toda a comunidade escolar, que inclui vozes como a família e outros agentes, dando espaço para que eles possam participar e pensar nos caminhos coletivos juntos. 

“Podemos fazer isso abrindo espaços e oportunizando que as ideias, criações, boas práticas, percepções sobre os alunos e sobre o fazer pedagógico circulem. Não há como resolver problemas singulares, particulares, complexos com regras gerais e respostas padronizadas.”, destaca.

O encontro anual do professor LIV será nos dias 14, 15 e 16 de maio. E o lançamento da Trilha acontecerá no dia 4 de junho. Se você é uma escola parceira, garanta já a sua inscrição no Portal LIV! 

Como o LIV trabalha com a educação inclusiva

O LIV acredita que os debates e a pauta da educação inclusiva são fundamentais na proposta pedagógica e podem ser trabalhados com iniciativas e materiais que incentivem o autoconhecimento, a compreensão e o respeito.

“E isso se dá a partir da criação de espaços seguros que acolham as subjetividades e particularidades de cada um e de todos. As aulas LIV são momentos para a fluência das experiências de cada ser humano, suas histórias, linguagens, sensações, seus sentimentos e modos de se comunicar”, explica Andressa. 

Para aprimorar a experiência coletiva de aprender uns com os outros, fortalecendo o senso de comunidade, as aulas podem ser um bom momento para valorizar cada aluno e cada expressão, reconhecendo que as habilidades socioemocionais são para todas as pessoas e essenciais para uma educação inclusiva. 

“Neste ano de 2024, teremos a oportunidade de aprofundar reflexões sobre uma prática inclusiva e anticapacitista, a partir de uma abordagem socioemocional no encontro anual do professor LIV, um  evento online exclusivo para as equipes escolares  parceiras. Também teremos uma formação continuada,  uma Trilha de Aprendizagem no Percurso Pedagógico do professor, que ficará disponível  no Portal LIV”, conta Andressa.

Ainda não é uma “Escola que sente com o LIV”? Entre em contato conosco para saber como levar esse cuidado socioemocional para a sua instituição! 

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