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LIV fala sobre importância de cuidados com a saúde mental

Quem nunca ficou paralisado diante de uma prova em branco ou passou noites sem dormir, antecipando uma série de problemas que nem sequer existiam? Ou que tremeu só de pensar em falar para um grupo grande de pessoas?

Ficar ansioso em determinadas situações é normal, mas se a frequência é muito alta, ou se os gatilhos estão por toda parte, é preciso ficar atento. 

Da mesma forma, quem anda demasiadamente triste, sem ver graça no dia a dia, se arrastando para dar conta das tarefas cotidianas – ou sequer conseguindo mantê-las-, precisa prestar atenção. Podem ser sintomas de depressão, um dos problemas de saúde mental mais prevalentes atualmente. 

E se, antes, ansiedade e depressão atingiam mais adultos, hoje é muito frequente encontrarmos crianças e adolescentes com essas questões, o que nos faz lembrar que  saúde mental de todos inspira mesmo cuidados.

Os números são preocupantes e é preciso que cada vez mais iniciativas prestem atenção e ajudem essas crianças e adolescentes com depressão.

Conheça alguns dados sobre saúde mental:

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros sofrem com ansiedade patológica, o que torna o Brasil o país mais ansioso do mundo. 

Cerca de 300 milhões de pessoas no mundo têm depressão, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). 

Adolescentes com depressão têm contribuído para uma triste estatística. O total de óbitos de jovens causado por suicídio foi de 6.588 casos no Brasil, entre 2016 e 2021, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no ano passado. Entre os de 15 a 19 anos, houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade, chegando a uma taxa de 6,6 por cada 100 mil. 

Onde estamos errando com nossos jovens?

No mundo todo, as taxas de jovens que tiram a própria vida estão caindo, mas no Brasil, elas só aumentam, como revela o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em 2022. Isso nos leva a pergunta: onde estamos errando? Ideais de vida inatingíveis, mostrados nas redes sociais? Falta de escuta atenta aos problemas dos jovens?  Escolas que não têm políticas eficazes contra o bullying? Excesso de medicalização?

Para refletir sobre os cuidados com a saúde mental e apontar alternativas para que todos se cuidem melhor, o LIV promoveu uma série de iniciativas para colaborar com a campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio e que alerta para a importância desse cuidado. Uma delas é o Movimento LIV pela saúde mental. Onde estamos errando?”.

Um time de especialistas elaborou o material gratuito, online, que compartilha dados sobre ansiedade e depressão de adolescentes, oferece atividades variadas, e desfaz alguns mitos sobre a saúde mental, como os que dizem que “se pensar positivo, tudo melhora” ou “saúde mental é sinônimo de felicidade”.

— Muita gente acha que saúde mental é felicidade, como se a gente pudesse subir uma escadinha até um lugar pleno e estático. Mas a vida é cheia de surpresas e obstáculos. A gente vai sentir tristeza, raiva, e é preciso ter recursos e estratégias para passar por esses desafios sem paralisar. Por isso, criamos o Movimento LIV pela Saúde Mental, para chegar no ambiente escolar, às famílias, para que a gente se apoie de maneira coletiva — diz a psicóloga Renata Ishida, gerente pedagógica do LIV.

Além de conteúdo variado, que está sendo liberado semanalmente, a campanha também oferece um grande diferencial. Foi formado um grupo de WhatsApp, pelo qual os inscritos vão receber informações novas durante o mês de setembro inteiro.

O material vai abordar ainda o impacto das telas na vida dos jovens e apontar possíveis caminhos para melhorar a saúde mental, sem apresentar “fórmulas mágicas”.  

Outro tema que será debatido é a importância de se criar espaços de escuta verdadeira para os jovens — prática incentivada em todo o conteúdo LIV disponibilizado para as escolas parceiras através de atividades como rodas de conversa. 

Podcast fala sobre importância de cuidar da saúde mental

Os temas saúde mental, depressão e ansiedade entre jovens e adolescentes também são destaques do episódio do podcast do LIV Sinto Que Lá Vem História, que conta com a participação do fundador e CEO do LIV, Caio Lo Bianco, mestre em Educação pela Universidade de Columbia, em Nova York, com dissertação sobre prevenção de suicídio entre jovens. 

Junto da psicanalista Vera Iaconelli, Caio aborda as dificuldades que os adolescentes enfrentam. Segundo o CEO do LIV, os adolescentes não são considerados socialmente nem crianças nem adultos e, por isso, carecem de lugar social. Essa posição faz com que, muitas vezes, eles recorram à violência, contra si ou contra o outro, para se tornarem mais visíveis.

No episódio, que foi ao ar no dia 12 de setembro, em todas as plataformas, Caio sugere caminhos e lembra que é preciso estar mais atento ao que os jovens dizem. E escutá-los verdadeiramente:

— O suicídio é um fato social e, portanto, sempre vai estar presente em diferentes tipos de sociedade, mas a prevenção é possível. Existe um tempo entre o pensamento, a ideação e o ato e, mais do que isso, em muitos casos, adolescentes comunicam de alguma forma essas intenções. A questão é: como escutar o que está sendo dito? A escuta tem que ser feita caso a caso, mas no mundo dos diagnósticos, dos protocolos, da categorização, se perdeu o olhar para cada situação. A gente escuta já pensando no que vai falar, quer logo dar uma resposta, um diagnóstico, uma solução, porque dessa forma a gente tira isso do nosso colo — avalia.

Quando conseguimos exercer essa escuta, percebemos que cada criança ou adolescente tem uma maneira de ser. Ao conhecê-los e ouvi-los, temos mais facilidade para perceber quando algo destoa, acendendo um sinal de alerta. Precisamos também validar as questões que os jovens nos trazem, sem adotar o discurso que elas são típicas da idade e logo passarão. Cada dor importa, não tem mais ou menos importância do que outras.

Um caminho para sermos mais empáticos é relembrarmos questões da nossa própria adolescência e nos perguntarmos sobre a diferença que teria feito – tanto para aquele período, quanto para os dias de hoje –  receber acolhimento e escuta verdadeiramente interessada.

Para saber mais sobre o assunto, clique no player abaixo:


Gostou do conteúdo e quer saber mais sobre saúde mental, ansiedade e depressão de adolescentes? Confira também nosso e-book sobre saúde mental. Aproveite para conferir mais do LIV nas redes sociais e fique ligado nos episódios do Sinto que Lá Vem História.

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O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.