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LIV lança e-book para auxiliar escolas na prevenção da violência

Quando falamos de violência nas escolas, muitas vezes pensamos em episódios de bullying, agressões entre alunos ou até mesmo a professores. Mas, de uns anos para cá, uma nova modalidade surgiu: os ataques às escolas. O primeiro registro deste tipo de ocorrência no Brasil aconteceu em 2002, em Salvador, na Bahia. De lá para cá, o problema cresceu: foram 24 ataques, 13 deles desde 2021.

LIV lança e-book para auxiliar escolas na prevenção da violência -LIV Inteligência de Vida

Por conta dessa escalada, tornou-se ainda mais urgente a necessidade de as escolas criarem estratégias eficazes para combater a violência em suas dependências. Para ajudar gestores, educadores e famílias, o LIV criou um e-book gratuito sobre prevenção, com dicas práticas que podem ser adotadas por todos.

“Após os ataques desse ano, havia uma cobrança muito grande, como se as unidades escolares fossem responsáveis pelo problema, que é, na verdade, da sociedade. As escolas precisavam ter conduta e orientação e, por isso, resolvemos fazer o e-book para ajudar em um direcionamento mais geral”, explica Renata Ishida, psicóloga e gerente pedagógica do LIV. 

Criação de ambiente mais inclusivo é fundamental

Uma das recomendações do e-book do LIV é que as escolas construam um ambiente mais inclusivo. A adoção de uma educação antirracista e a discussão permanente, em sala de aula, sobre extremismos, direitos humanos e convivência entre as pessoas, é essencial para a prevenção da violência. Outra grande aliada é a educação socioemocional, que foca em habilidades como empatia e colaboração.

“O desenvolvimento do pensamento crítico, um dos pilares socioemocionais, já é uma forma de prevenção. Professores capazes de mediar conflitos também são de grande importância. Não adianta ter estratégias sem formação do professor”, avalia Renata. 

A criação de espaços nos quais os alunos se sintam à vontade para falar de seus sentimentos é outra medida que pode auxiliar a diminuir os casos de violência nas escolas e contra elas.

“Ter no cotidiano escolar um espaço de acolhimento e escuta empática dos conflitos vividos pelos estudantes é importante. Deste modo, eles são ouvidos e contemplados em seus desafios, angústias e enfrentamentos. Situações omitidas ou mal resolvidas no cotidiano podem gerar desdobramentos futuros”, acrescenta Renata.

Olhos e ouvidos atentos, mas sem pânico

O e-book também aborda comportamentos que merecem um olhar mais apurado de familiares e professores, que, por passarem muito tempo com os jovens, são as pessoas que mais facilmente podem identificar comportamentos que exigem atenção, como fascínio inapropriado por ataques ou idolatria de agressores, armazenamento de canivetes, falas sobre intenções de matar ou discursos de ódio. Mudanças de comportamento repentinas, como afastamento de amigos e das atividades corriqueiras, também devem ser observadas.

“É preciso ficar atento, mas tomar cuidado para que não vire uma cultura de pânico e uma classificação de pessoas, algumas vistas como perigosas. Um aluno que promove discurso de ódio não pode ser excluído, o sofrimento dele está ali e é preciso encontrar caminhos saudáveis para cuidar desta raiva. É interessante que o assunto vire pauta da escola, sem apontar o dedo para o aluno que motivou o debate”, diz Renata.

A gerente pedagógica do LIV também ressalta a necessidade de se investir na educação digital, orientando uma reflexão dos alunos sobre os riscos de determinados espaços virtuais. Não se trata, diz, de excluir a experiência da internet, mas cuidar para que ela seja apenas mais um elemento do mundo. “O jovem precisa se interessar pelo mundo real de novo, a escola pode ser uma facilitadora para que ele volte a se encantar”, diz.

E após um ataque, o que fazer?

É natural que todos fiquem desorientados após um ataque. Em alguns casos, será preciso intervenção de especialistas em saúde mental. Mas a escola também pode acolher emocionalmente os alunos e criar estratégias para que crianças e adolescentes lidem melhor com as emoções que possam estar sentindo.

“Quando acontece alguma violência em escola, devemos tentar entender como as crianças menores foram afetadas. Não é preciso adiantar o assunto, mas entender como elas souberam, quais são os seus sentimentos. É necessário também fortalecer o vínculo das crianças com a escola, incluindo o discurso de que todos estão preocupados com a sua segurança, reforçar que foi um episódio isolado, que não acontece todos os dias. Já com os adolescentes é possível ampliar um pouco mais essa conversa e a escuta. Trabalhar outras questões e fazer com que esse aluno seja um agente transformador”, diz Renata. 

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O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.