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O impacto da educação no bem-estar social e emocional

No início deste mês, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou seu famoso relatório “Education at a Glance” (ou “Educação em Revista”, na versão em português), que traz indicadores da Educação Básica e Superior em dezenas de países e economias pelo mundo, incluindo o Brasil. O material é uma das principais fontes de dados usados em artigos e pesquisas sobre educação e este ano destacou principalmente os desafios do setor em um cenário econômico e social de rápidas mudanças. Os indicadores do relatório fornecem, de modo geral, informações sobre os recursos humanos e financeiros investidos na educação e sobre como os sistemas de ensino e aprendizagem operam e evoluem ao longo dos anos, bem como influenciam a vida das pessoas. O documento completo em inglês tem cerca de 500 páginas e aborda diversos aspectos dos níveis de formação educacional em cada país. Selecionamos a seguir três indicadores que falam especialmente sobre como o nível de escolaridade impacta no bem-estar social e emocional das pessoas. Confira:

Habilidades socioemocionais e participação social

As evidências levantadas no relatório indicam que, em geral, os níveis de participação cívica em diferentes países são inadequados, colocando um desafio para a manutenção e melhoria das sociedades. Segundo a OCDE, “a educação pode desempenhar um papel importante para garantir a coesão social, promovendo as habilidades socioemocionais que podem contribuir para melhorar as conexões sociais e proteger as pessoas do isolamento em relação as suas comunidades”. Ainda de acordo com o relatório, embora as interações sejam moldadas pelo contexto social e pelo status socioeconômico de cada família, as pessoas, de modo geral, expandem suas redes de contato e aumentam sua participação na força de trabalho ao prosseguir nos estudos por mais anos, mostrando os impactos positivos da educação.

Participação em atividades culturais e esportivas

A participação em várias atividades sociais nos países analisados pela OCDE é maior, em média, entre adultos que cursaram o ensino superior do que entre seus pares de nível de escolaridade inferior. No entanto, a vantagem da conexão social para indivíduos com ensino superior depende muito do tipo de atividade medida. Em média, aponta o estudo, a participação em atividades culturais e esportivas, nas mídias sociais e em trabalhos de voluntariado está altamente relacionada ao desempenho educacional. Mais de 90% dos adultos com educação superior participaram de atividades culturais e esportivas nos 12 meses anteriores à pesquisa, enquanto menos de 60% dos adultos com educação abaixo do ensino médio o fizeram. Essa é a maior lacuna de escolaridade entre os diferentes domínios de conexão social medidos pelo estudo.

Ter alguém para pedir ajuda

A partir de cruzamentos de dados sobre o bem-estar social e emocional de adultos e seu nível de escolaridade, o relatório da OCDE concluiu que, embora os níveis educacionais impactem em questões como cidadania e participação social, ele não tem tanto impacto quando o assunto é ter alguém próximo para pedir ajuda. Segundo o documento, independentemente de sua conquista, a grande maioria das pessoas nos países pesquisados ​​pode contar com algum tipo de rede social, pois na maioria das vezes tem alguém para pedir ajuda. Em média, entre os países da OCDE, 97% dos adultos com ensino superior relataram ter alguém para pedir ajuda se necessário, caindo para 95% entre os adultos com ensino médio, e para 90% entre os que não concluiram o ensino médio.

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O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.