O que “Clifford, o Gigante Cão Vermelho” ensina sobre diferenças e cooperação?

Julho é mês de férias escolares, e a gente sabe o quanto este período pode ser desafiador para muitas famílias. Afinal, nem sempre os pais e responsáveis, envolvidos com o trabalho, podem participar dos momentos de folga das crianças como gostariam. Isso não quer dizer, no entanto, que não seja possível reservar uma horinha ou outra para aproveitar o tempo livre juntos. Uma ótima ideia é preparar pipoca e chamar os filhos para uma sessão de cinema caseira.

Um filme que costuma fazer sucesso entre crianças e muitos adultos é “Clifford, o Gigante Cão Vermelho”, um live action que conta a história de Emily Elizabeth, uma menina que mora em Nova York com a mãe e sofre bullying na escola. Com uma família com menos condições financeiras do que a dos demais alunos e uma aparência que não é igual a das meninas da turma, ela acaba sendo tachada de “diferente”. E sofre com isso.

Tudo muda de rumo quando Emily Elizabeth ganha de um desconhecido, com “poderes meio mágicos”, um pequeno cãozinho. O cachorrinho, no entanto, é, como ela, “fora dos padrões”. Para começar, é vermelho. Depois, cresce a ponto de ficar gigante! Juntos, Emily e Clifford se envolvem em mil peripécias. Precisam fugir de vilões e acabam contando com a ajuda de vários moradores da cidade para escaparem dos malfeitores.

Como uma sessão com pipoca pode ajudar as crianças a falar de sentimentos

Como a personagem, muitas vezes as crianças pequenas estão passando por uma situação incômoda, se sentindo diferentes, ou enfrentando dificuldades na escola ou junto à turma do clube ou do parquinho, mas ainda estão em processo de aprendizagem sobre a elaboração dos seus sentimentos e reconhecimento das próprias emoções.

“O filme é um caminho para se abordar temas delicados de forma mais orgânica. O material audiovisual é um recurso lúdico que chama a atenção, traz temas para a conversa e dá recursos para as crianças se comunicarem”, diz a consultora pedagógica do LIV, Rafaela Paiva Costa.

Em Clifford, há várias cenas que podem ajudar a falar de emoções. Quando a criança vê o que Emily passa na escola, pode conseguir nomear o que sente, caso esteja sendo vítima de algum tipo de violência ou enfrentando algum desconforto. O filme, inclusive, vai muito além de cenas de bullying. As divertidas aventuras do animal e da garotinha trazem muitos ensinamentos. Falam também, de maneira leve, de habilidades socioemocionais, como colaboração, criatividade e  perseverança,  e de alguns pilares da inteligência emocional, como empatia e colaboração.

O que um gigante cão vermelho e o LIV têm em comum?

A lição mais importante que Clifford traz é que está tudo bem em ser diferente e que ninguém (ou nenhum animal) é melhor ou pior do que outro por conta de suas características. “Ele mostra que o diferente também é legal. E também dá recursos para que a criança identifique que ninguém deve ser criticado por não seguir o padrão mais aceito”, diz Rafaela. Nas aulas do LIV, voltadas para a construção de habilidades socioemocionais, o tema também é recorrente.

O conteúdo para o 4 º e 5 º anos, por exemplo, é focado nas diferenças e aborda a importância de se conviver com quem não é igual a nós. “Isso expande nossas ideias, nossos repertórios. Oferecemos material que mostra que cada um é de um jeito, que diferentes culturas estudam, celebram, comem de formas que não são as que estamos habituados. Conviver é enriquecedor”, diz Rafaela.

Várias habilidades socioemocionais, que são trabalhadas pelo LIV, estão presentes no live action. “Filme infantil costuma ter muitas camadas, e com esse não é diferente”, diz Rafaela. Emily Elizabeth trabalha a criatividade (é preciso ter muita quando se lida com um cão gigante!) e demonstra ter perseverança e proatividade quando faz de tudo para se manter ao lado de Clifford. O filme também mostra a importância da colaboração: sem spoiler, basta dizer que toda a cidade se mobilizou em prol do animal. 

A inteligência emocional também está presente na película: o autoconhecimento, por exemplo, é uma das conquistas de Emily Elizabeth ao longo de sua jornada com seu cão peculiar. Após o filme, os pais também podem conversar com as crianças sobre empatia, mostrando como foi legal os vizinhos terem ficado do lado da menina e do cãozinho nos momentos difíceis pelos quais eles passaram.

Embora Clifford seja voltado para crianças menores, outros filmes podem ajudar as famílias a construírem experiências de comunicação durante as férias. Conheça algumas sugestões do LIV:

Quer conhecer mais sobre o “Red”, uma outra dica ótima para ver em família? Acesse este link!

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