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O que é possível aprender sobre emoções assistindo ‘Divertida Mente 2’?

Especialista LIV fala sobre o assunto e traz dicas imperdíveis!

Quando “Divertida Mente” foi lançado, em 2015, fez um sucesso estrondoso ao falar de emoções de um jeito diferente. Em uma sala de controle, a alegria, a tristeza, o medo, a raiva e o nojo comandavam cada instante da vida de Riley, uma menina de 11 anos que enfrentava o desafio de se mudar de cidade. Em “Divertida Mente 2”, que acaba de estrear nos cinemas, a personagem está entrando na adolescência e o quinteto é surpreendido pela chegada, bastante turbulenta, de novas emoções: a ansiedade, a vergonha, a inveja e o tédio, que logo querem virar protagonistas. 

E, como na vida real, a ansiedade, que tem afetado tantos adolescentes, assume o comando do painel de emoções, fazendo a personagem do desenho animado imaginar os piores cenários para seu futuro. Expulsas da sala de controle, as emoções já conhecidas desde o primeiro filme tentam retornar à mente de Riley.

Não vamos antecipar o desfecho, mas podemos dizer, sem estragar a surpresa, que a animação da Disney, além de falar de um jeito lúdico das mudanças comuns na puberdade, também é uma ótima oportunidade para famílias, educadores e jovens refletirem sobre como lidar com os adolescentes e suas emoções, tanto as antigas quanto as recém-chegadas

“Uma das grandes lições do filme é o quanto a adolescência pode ser um período muito confuso, em que as emoções estão à flor da pele, intensificadas com a mudança fisiológica e relacionais vividas. A gente vê o tanto de coisa que está acontecendo ali na mente da Riley: as expectativas dela de futuro, os medos do presente. Ela está entendendo de que forma pode  se colocar no mundo. Para o educador, o responsável, isso precisa trazer um olhar de empatia para essa fase da vida que todos nós já passamos e que sabemos o quão bagunçada pode ser”, diz Evellyn Paixão, consultora pedagógica do LIV.

 


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Emoções também se misturam – e está tudo bem

Outro ponto do filme que Evellyn destaca é que não existem emoções boas ou ruins, todas são importantes e nos impulsionam a agir. Em determinado momento, por exemplo, a ansiedade, que está atrapalhando a vida de Riley em diversos aspectos, lembra que a menina tem uma prova se aproximando e que é preciso estudar.

“A ansiedade naquele momento tinha um papel muito importante, que era o planejamento e a preparação para o futuro”, diz Evellyn.

“Divertida Mente 2” também demonstra que as emoções, como no dia a dia de todos nós, também se misturam. Em uma das cenas, a alegria faz algo que não se espera dela: chora. Pode parecer impossível ver a alegria triste, mas essa confusão de papéis acontece também na vida.

“As emoções às vezes se misturam e tentar ver as situações muito preto ou branco, ou claramente distintas é muito difícil ou até mesmo impossível. É importante a gente acolher isso e saber que às vezes vamos sentir tristeza e alegria ao mesmo tempo e que não precisamos escolher apenas uma delas para experimentar. Precisamos nos permitir acolher todas”, diz.

 


Assista também as nossas especialistas comentando o filme no YouTube do LIV:


Evellyn vai além e diz que quando apenas uma emoção está no controle, seja ela a alegria, a tristeza ou, como no filme, a ansiedade, é sinal de que a saúde mental não vai bem e requer atenção. 

“Quando uma emoção, seja ela qual for, é a única sentida, é prejudicial. A gente sempre fala que vida é movimento. Saúde mental tem muito a ver com o movimento e com a gente reagir às diferentes experiências que a vida propõe da maneira mais adequada. Existem experiências como, por exemplo, uma prova de matemática, que requerem que a gente fique minimamente ansioso para se preparar”. 

Como o filme pode ser usado em sala de aula e em família?

Nos dias de hoje, a ansiedade tem dominado cada vez mais os adolescentes e Evellyn pontua que é preciso que escolas e responsáveis estejam abertos para acolher os jovens e oferecer um canal de escuta ativa, onde eles não tenham medo de expor suas emoções e sentimentos.

Uma boa oportunidade para introduzir conversas sobre emoções é convidar crianças e adolescentes a assistir “Divertida Mente 2”. No caso das crianças, diz a especialista do LIV, é possível provocá-las a explicar o que entenderam do filme, escutar suas  percepção sobre emoções e relacionar o que elas identificaram com o material LIV.

No caso dos adolescentes, o filme pode abrir uma conversa sobre o momento em que estão vivendo. A partir da vida de Riley, os estudantes podem dizer o que acham parecido na vida deles próprios. 

“Eles podem dizer como estão reagindo à chegada no Ensino Médio, por exemplo, e comparar os seus desafios com os da personagem. Trazer essa ludicidade para o adolescente é importante porque eles podem, ao falar do outro, falar também sobre si também.”

 


Quer conhecer mais sobre o LIV e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais? Confira mais nas redes sociais e fique ligado nos próximos episódios do Sinto que Lá Vem História.

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