Nova temporada do ‘Sinto Que Lá Vem História’ estreia abordando ‘noias’ da maternidade

Já está sabendo da novidade? O podcast do LIV, que fez sucesso no ano passado ao abordar temas como educação, habilidades socioemocionais, relacionamentos e paternidade, acaba de estrear sua segunda temporada! Os novos episódios do “Sinto Que Lá Vem História” ganharam o formato videocast, conectando ainda mais os espectadores com os participantes e as apresentadoras.

As conversas com especialistas vão continuar sendo profundas e instigantes, conduzidas de forma leve, possibilitando que educadores e famílias façam reflexões que nem sempre estão presentes no cotidiano corrido de todos.

“A gente pode esperar boas histórias e muita conversa franca com especialistas que admiramos. Vamos tirar dúvidas, debater temas importantes e continuar com o quadro de perguntas das famílias, que nos aproxima do público. Nosso intuito não é dar fórmulas mágicas, mas amparar as famílias e fornecer dicas e ferramentas que podem ajudar no dia a dia”, diz Renata Ishida, gerente pedagógica do LIV e uma das apresentadoras do videocast, ao lado de Joana London, diretora pedagógica do LIV.

Um papo sobre paranoias e medos

Para abrir a nova temporada, Renata e Joana receberam a escritora e roteirista Camila Fremder, apresentadora do podcast ‘É noia minha’ e mãe de Arthur, de 6 anos. No episódio, ela fala sobre os desafios da maternidade, que ela acredita ser um período bem rico para as paranoias, que começam antes mesmo do nascimento do filho.

“As noias começam já quando você descobre que está grávida. E quando nasce, você não pode sofrer nenhum problema, pois há uma vida que depende de você. Eu nunca tive medo de avião, mas passei a ter, passei a ter mais preocupação com o cinto de segurança no carro”, disse Camila.

Com o nascimento do bebê, o foco das noias muda. A segurança da criança costuma ocupar o primeiro lugar na lista. “Será que está respirando?” e “se houver um acidente no passeio da creche?” são perguntas que habitam os pesadelos de muitas mães e pais. Mas, além disso, lembrou Camila, pode nascer também o medo de fazer algo que vá marcar os filhos pelo resto da vida, o temido trauma.

Com o coração aberto e de forma franca, Camila contou que um dos seus receios foi colocar alguém que não fosse legal na vida do filho. Para evitar traumatizá-lo com o que achava, na própria cabeça, que poderia acontecer, optou por não namorar por um período.

“Quando me separei, o Arthur tinha um ano. Fiquei um ano sem me relacionar com ninguém. Foi um período sabático. Pensava: “como colocar um namorado na vida do meu filho?”.

Ao conhecer o atual marido, que ela define como um super parceiro, a noia de traumatizar o filho com um namorado desapareceu. Outras vieram. Mas aprendizados também chegaram. Camila contou que a maternidade fez com que ela passasse a lidar melhor com os próprios medos.

“Não adianta eu proteger o meu filho dos meus medos e dos meus traumas. Na verdade, ele me ajuda a superá-los. Sempre foi difícil para mim dormir sozinha, tenho medo de tudo, de barulho, ladrão, espírito. Durmo na minha cama por causa do Arthur. Não posso ir para a cama dele porque ele quer dormir sozinho”.

Expectativa de ter filho igual ao que a gente quer: será que é noia?

Outra noia abordada por Camila foi a de que filho tem que ser como a gente acha que ele precisa ser.

“Quanto mais o filho cresce, você entende que não é colada a ele. Eu não gosto de parque cheio e ele adora. Eu não como banana e não oferecia. O pai dava e quando fui buscar Arthur um dia, ele estava com uma banana na mão e adorando. Levei um susto. Você vai sacando que a criança não é igual a você”.

A habilidade de ver o que o outro precisa

Além desse exemplo de enxergar o outro como ele é, Camila também trouxe para o primeiro episódio do videocast uma reflexão importante sobre como podemos identificar o que o outro precisa e, de forma generosa, nos modificar. Avessa a badalações, caseira, com família pequena, ela percebeu que, se continuasse da mesma forma, criaria o menino com pouco contato com outras pessoas, num mundo menor.

A partir desta constatação, Camila resolveu que iria socializar mais. Passou a se esforçar para comemorar aniversários, convidar amigos para sua casa, frequentar as festinhas de criança e até mesmo participar de grupo de mães no WhatsApp.

“Ele precisava ver diversidade, não podia só ver crianças na escola. Passei a chamar amigos, fazer festas. As pessoas que me conhecem até estranham. Mas é importante que ele veja o mundo de verdade”.

A habilidade de ver o que o outro precisa, que Camila mostrou ter, faz parte do nosso desenvolvimento socioemocional. Além dela, a autora contou que também costuma utilizar outra habilidade em seu dia a dia. Ela defendeu a escuta como uma ótima ferramenta para ajudar a desfazer noias.

“Se você tem uma angústia, você tem de tirar ela de você. Se deixar, ela só vai crescer. E você pode fazer isso trocando ideia com as outras pessoas. Faço muito isso no grupo de mães. Se estou com medo de deixar meu filho ir no passeio da escola e uma mãe de três diz que não tem problema, vou parar para escutar e tomar forças a partir das experiências delas”, sugere.

Nova temporada traz debate com especialistas de várias áreas

O episódio completo com Camila você confere no perfil do LIV em todas as plataformas de áudio e, na versão vídeo, no YouTube. A cada quinze dias, os encontros serão publicados e você poderá ver e ouvir quantas vezes quiser!

O segundo encontro será com a psicóloga Nanda Perim, que faz sucesso nas redes como PsiMama. Ela falará sobre um tema caro a todas as famílias: como dizer não e impor limites a crianças e adolescentes através da negociação.

“Temos discussões densas, de temáticas urgentes, com bastante conteúdo. Nossa proposta é ter conversas sem achismos, a partir de histórias pessoais, com um conteúdo que pode ser aproveitado por quem não é especialista. Essa é uma combinação importante e rica para as famílias e para as escolas”, ressalta Renata Ishida.

Gostou do conteúdo e quer conhecer mais sobre o LIV e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais? Confira mais nas redes sociais e fique ligado nos episódios do nosso podcast Sinto que Lá Vem História.