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Marcia Frederico psicóloga do Laboratório Inteligência de Vida

3 mitos sobre Inteligência Emocional


Inteligência Emocional tem sido um assunto cada vez mais discutido na sociedade atual. Isso acontece pois passamos a perceber e a valorizar essas habilidades como fundamentais para a formação completa do ser humano. Importantes em todos os âmbitos em nossas vidas, pessoal e profissional.

Como esse é um assunto ainda recente nas discussões sobre educação, é comum surgirem dúvidas e visões equivocadas acerca do tema. Para esclarecer essas questões preparamos esse texto para apresentar os 3 principais mitos sobre inteligência emocional. Confira a seguir:

O que é Inteligência Emocional?

É a habilidade de lidar com as próprias emoções, manter controle emocional em situações adversas, ter um bom relacionamento interpessoal, dentre outras. As 5 áreas que compreendem a inteligência emocional, são o controle emocional, autoconsciência, motivação, reconhecer as emoções dos outros e capacidade de administrar os relacionamentos.

Os mitos sobre Inteligência Emocional

  1. Inteligência não é determinada pela genética

Durante muitos anos estudiosos afirmaram que a inteligência era hereditária. Porém, em seu livro intitulado Inteligência Emocional, Daniel Goleman busca derrubar esse mito. Para o cientista, a inteligência está conectado ao modo que lidamos com as nossas emoções, nossa capacidade de controlar os impulsos, persistir, na habilidade social, dentre outras. Sua tese foi estabelecida com base em diversas pesquisas e descobertas sobre o funcionamento do cérebro. Goleman relata que a inteligência emocional pode sim ser desenvolvida em todos nós, sendo esse desenvolvimento facilitado durante a infância, por ser o período onde a estrutura neurológica está em formação.

  1. QI não é garantia de sucesso profissional

Ter um Quociente de Inteligência (QI) elevado não garante que essa pessoa terá uma carreira profissional de sucesso. Isso acontece pela influência direta do Quociente Emocional (QE) na formação completa do cidadão. O QI contribui apenas com 20% para o sucesso na vida, sendo as habilidades emocionais responsáveis pelo restante. Uma pessoa intelectualmente evoluída, pode ser emocionalmente inapta, o que a impede de exercer funções da sua vida pessoal e profissional de maneira completa, podendo causar diversos problemas na sua vida.

Podemos usar como exemplo, aquelas pessoas que são excelentes profissionais, que cumpre suas metas, mas não tem habilidade para falar em público ou para trabalhar em grupo. Esses déficits podem limitar consideravelmente seu desenvolvimento profissional e pessoal. Trabalhar a inteligência emocional, buscando desenvolver seus gaps comportamentais é fundamental para a formação de um cidadão preparado para lidar com os desafios do século XXI.

  1. A escola também é lugar para desenvolvimento de habilidades comportamentais

A escola é lugar para aprender, para desenvolvimento do intelecto dos jovens. Mas ela também tem um papel fundamental na concepção da inteligência emocional dos alunos. Portanto, ela deve assumir essa função e buscar meios de incentivar e desenvolver competências comportamentais, permitindo que os alunos conheçam suas emoções e aprendam a lidar com elas da melhor maneira possível. Além disso, jovens com capacidade de lidar com as próprias emoções também terão melhor desempenho cognitivo nas atividades curriculares.

A formação escolar vai muito além de ensinar matérias como Português, Matemática e História. É preciso preparar os jovens para enfrentar os desafios que irão encontrar durante sua trajetória pessoal e profissional. Não é somente com boas notas que se forma um indivíduo.



O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.