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Reprodução Instituto Paulo Freire

Pensadores que inspiram: Paulo Freire

Grande referência da educação brasileira e mundial, Paulo Freire também é um dos pensadores que inspiram o LIV. Saiba mais!

Paulo Freire é um dos brasileiros mais célebres e um dos filósofos do século XX mais lidos do mundo, segundo levantamento do Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos. Ele está entre os 100 autores mais mencionados em publicações educacionais e o seu famoso livro “Pedagogia do Oprimido” é a terceira obra mais citada em trabalhos acadêmicos da área de humanas. E, embora essa seja sua obra mais conhecida, seu legado em livros é muito mais amplo. Ao todo, são mais de 30 títulos, cada um, a seu modo, relevante e necessário. 

Ao longo de sua história, Freire recebeu mais de 100 títulos de doutor “honoris causa” de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Além disso, o educador é tido como referência mundial, é patrono da educação brasileira e já foi homenageado em diversos países. 

Freire postulou a importância da educação como  ferramenta fundamental para a transformação da sociedade, além de defender a  importância da  aprendizagem que estimula o senso crítico e instiga a autonomia dos alunos. O autor vem sendo referência para o LIV – Laboratório Inteligência de Vida, desde a sua criação, pautando a construção de uma educação de qualidade para crianças e adolescentes.

“Não se pode falar de educação sem amor” – Paulo Freire

De acordo com o texto “Paulo Freire e a Educação Integral para além da educação formal escolar”, ele defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a “ler o mundo” para poder transformá-lo, trazendo assim uma visão de educação integral pautada não apenas no conteúdo, mas em todos os aspectos do ser humano. Segundo o texto,, “o ser humano consegue se transportar para o desconhecido, explorá-lo, decifrar os sentimentos e as emoções que o cercam e acrescentar vida ao sabor da existência. Pode, então, vivenciar experiências que propiciem e solidifiquem os conhecimentos significativos de seu processo de aprendizagem”.

Nesse sentido, Freire foi um dos expoentes da educação brasileira a  reconhecer o aluno como um ator ativo no centro do processo de ensino e aprendizagem. Seguindo esse princípio, ele também cunhou a chamada educação libertadora, que substitui o autoritarismo pelo diálogo democrático nos espaços de vivência e aprendizagem. 

O diálogo com o aluno – prática defendida pelo LIV –  que citamos com muita frequência no LIV, é incentivado na perspectiva freiriana para um pensar crítico-problematizador da realidade, como ele menciona em sua obra. Para ele, é a partir do diálogo que o sujeito desenvolve suas potencialidades de comunicar, interagir, administrar e construir o seu conhecimento, melhorando sua capacidade de decisão e humanizando-se. 

Ainda nesse âmbito, ele destacou em sua obra a importância de educar com afeto para a prática educacional, trazendo o respeito aos saberes do educando como uma condição necessária para ensinar, como apontou no livro Pedagogia da Autonomia, de 1996:

“Educar exige respeito aos saberes dos educandos. Respeito é uma dimensão do afeto. Em palavras mais simplificadas, pensar certo exige respeito aos saberes com os quais os educandos chegam na escola e também discutir com eles a razão desses saberes em relação com o ensino de conteúdos. É valorizar e qualificar a experiência dos educandos e aproveitar para discutir os problemas sociais e ecológicos, a realidade concreta a que se deva associar a disciplina, estudar as implicações sociais nefastas do descaso dos mandantes, e a ética de classe embutida nesse descaso”.

Referências contemporâneas que se inspiraram em Paulo Freire

Uma das autoras contemporâneas que divulga e, ao mesmo tempo, traz para o cenário atual a obra de Freire é a americana bell hooks, da qual já falamos aqui no blog. Em diferentes textos, ela dialoga criticamente com o autor brasileiro para construir um panorama da prática da liberdade através da criação de comunidades de aprendizagem. 

Nesse sentido, hooks defende que essas comunidades precisam ser marcadas pelo diálogo e por uma relação de igualdade entre professores e estudantes. Em um deles, intitulado “O Homem, Seu trabalho”, ela disse:

“A escrita de Freire deu-me uma forma de colocar a política de racismo nos Estados Unidos num contexto global, no qual pude ver meu destino ligado ao destino das pessoas negras em todos os lugares lutando para descolonizar, para transformar a sociedade”.

Pluralidade de referências

A pluralidade de referências pedagógicas é uma das marcas do programa LIV, que considera autores clássicos e contemporâneos em sua fundamentação teórica. Essa marca garante que o programa esteja sempre atualizado e, ao mesmo tempo, ofereça a multiplicidade de olhares necessária para uma educação integral de qualidade.

Se você quer saber mais sobre Paulo Freire, bell hooks e outros pensadores da educação que inspiram o LIV, confira a lista com mais indicações a seguir:

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O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.



O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.