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Como “dar um gás” na equipe escolar e começar o segundo semestre da melhor forma?

Quando o primeiro semestre acaba e os estudantes entram de férias, muitas vezes os professores conseguem tirar uns dias de descanso também. Outros, no entanto, continuam com atividades internas e administrativas, pois sabemos que as responsabilidades dos educadores vão muito além da sala de aula. Seja qual for o caso, o recesso é uma ótima oportunidade para que os gestores pensem em estratégias para que a equipe comece o segundo semestre da melhor forma possível.

A importância de os gestores pensarem em maneiras de facilitar e enriquecer o dia a dia dos professores passa por uma questão importante: os docentes estão exaustos. O burnout, a síndrome de esgotamento físico e mental causada pelo trabalho desgastante, seja pelo excesso ou más condições, é uma realidade em várias escolas.

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Como "dar um gás" na equipe escolar e começar o segundo semestre da melhor forma? -LIV Inteligência de Vida

Invisibilidade do trabalho faz parte do problema

Para Patrícia Queiroz, consultora pedagógica do LIV, além de sobrecarga de trabalho e más condições, que afetam muitos docentes, é preciso pensar que os professores lidam também com questões que permeiam a sociedade, e também, a escola, sem terem muitas vezes estrutura ou formação suficiente para enfrentá-las, o que gera ainda mais angústia.

“Não precisa ser especialista para saber que social e culturalmente existem o cansaço docente neste período de férias. Temos que dar visibilidade aos desafios da sociedade, que chegam à escola, e os professores enfrentam, como bullying, racismo, falta de preparo para a inclusão. A educação, em geral,  tem defasagem em relação a esses assuntos importantes que, muitas vezes, recaem sobre o professor, sem que ele, sozinho, possa dar conta do problema”.

Como os gestores podem contribuir para melhorar o ambiente escolar?

Os problemas que os professores enfrentam de saúde mental são sérios e precisam de várias intervenções, que, na maioria das vezes, não estão na alçada dos gestores. Eles podem, no entanto, promover um ambiente mais saudável, o que contribui para que outros casos de esgotamento não ocorram. 

Patrícia sugere algumas intervenções que podem ser pensadas durante as férias e implementadas em agosto, e que vão dar um gás na equipe. Confira:

Promover reuniões periódicas de escuta

Os gestores, defende Patrícia, devem abrir espaço para escutar atentamente os professores. Reuniões em que eles se sintam, de fato, ouvidos, com suas reivindicações, se não implementadas, levadas em conta, são importantes para manter a equipe motivada.

 

Troca de experiência

Outra sugestão é que as escolas promovam momentos de trocas entre as equipes.  A ideia é compartilhar vivências, dificuldades, pensar em conjunto quais estratégias podem ajudar no engajamento dos alunos.

“Quando os professores se encontram, compartilham, isso tem muita potência. Um professor de matemática pode contar o que fez em sala e que deu certo, ajudando um de outra disciplina, por exemplo”, sugere Patrícia.

 

Reconhecimento

É importante que o gestor tenha um olhar atento para os profissionais e traga informações do quanto ele já caminhou no primeiro semestre. Este reconhecimento, que pode se dar ao mostrar que a turma estava de um jeito no início do ano e agora já atingiu diversos objetivos, fortalece o professor.

 

Espaços formativos

Outra medida que Patrícia sugere que os gestores tomem é investir na formação e informação sobre temas relevantes para a escola e para a sociedade.

“Às vezes, a equipe precisa receber informações sobre temas como inclusão, racismo, e ter um alinhamento com a escola, sobre como ela pensa e aborda estes temas. A escola pode disponibilizar também cursos. No caso das parceiras do LIV, elas podem também oferecer as trilhas formativas para professores”.

Também vale perguntar o que os professores gostam. O gestor pode saber o que  encanta os docentes e promover, por exemplo, se muitos gostarem de arte, uma ida da equipe a um museu. Caso muitos se interessem por esportes, é possível organizar um campeonato interno. Há outros exemplos que podem ser seguidos?

“O professor também precisa ter seu desejo aguçado. O aluno vai se engajar também quando o professor estiver encantado. Claro que este encantamento não é linear, tem vezes que ele vai estar, outras não, mas se há chances de incentivá-lo, de olhar para o outro, deve ser feito”.

Veja atividades para o dia do professor

E os próprios professores, o que podem fazer? 

Patrícia lembra que os profissionais precisam investir no descanso, na saúde mental e no planejamento prévio de aulas para dar mais tempo para viver o resto que acontece fora da escola, com menos ansiedade, por exemplo. A consultora pedagógica do LIV diz que os docentes podem adotar várias estratégias para revitalizar suas energias e melhorar seu bem-estar, mas pontua que as medidas individuais não mudam sozinhas um quadro, por exemplo, de exaustão.


Quer conhecer mais sobre o LIV e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais? Confira mais nas redes sociais e fique ligado nos próximos episódios do Sinto que Lá Vem História.

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O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.