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Fim de ano: ótima oportunidade de criar e estreitar vínculos

Muitas famílias aproveitam o fim de ano para se reunir em volta de uma ceia simples ou requintada, em casa ou em um restaurante. Seja como for, celebrar o término de um ciclo e a chegada de outro, entre parentes ou amigos, é também uma ótima oportunidade de criar vínculos ou estreitar laços com quem é importante na nossa vida.

Para as crianças e adolescentes, esses eventos são também rituais, diz Rafaela Paiva, consultora pedagógica do LIV. 

“Esse tipo de vivência reforça o senso de pertencimento e de comunidade. No caso dos adolescentes, ajuda até na constituição identitária da pessoa. Conectar-se com primos, com faixas etárias parecidas, lidar com núcleos diferentes, é enriquecedor”, afirma Rafaela.

A especialista do LIV reforça que os encontros são uma chance de estar perto e não devem ser vistos como pontuais. Eles podem servir para retomar relações que estão desgastadas ou distantes ou reforçar o vínculo das que são próximas.

“Os vínculos são criados ao longo da vida e não deixam de existir no dia 26 de dezembro ou primeiro de janeiro. Familiares e amigos que se encontram com pouca frequência podem aproveitar essas datas festivas para construir mais espaços de convivência e incluir crianças e adolescentes nesse mundo de afetos. Se não for possível encontrar sempre as pessoas, pode-se combinar por exemplo, chamadas por vídeo”, sugere.

Autorregulação é importante em encontros mais difíceis

Para muitos, no entanto, nem sempre é fácil participar de eventos grandes de fim de ano, que reúnem pessoas diferentes e com diferentes níveis de convívio. Nessas horas, Rafaela lembra que é preciso exercitar as habilidades sociais para criar estratégias de autorregulação, que vão variar de pessoa para pessoa.

“Esses encontros podem servir também para reforçar limites. Em grupos em que há problemas, para evitar desgastes, as pessoas têm que ter uma estratégia de regulação que se chama antecipação. Se você sabe que vai ter o assunto X, controverso, pode ficar mais consciente, entender como reage em situações parecidas e lidar melhor com as escolhas”, sugere Rafaela.

Autoconhecimento é ferramenta importante nos encontros sociais

Segundo a consultora pedagógica do LIV, todo encontro social é, além de uma oportunidade de fazer ou afrouxar vínculos, uma maneira de exercermos nosso autoconhecimento, na medida em que podemos conhecer melhor nossas reações diante do inesperado ou de situações diferentes das quais estamos acostumados.

“A maneira com que a pessoa lida com os conflitos é que vai dizer se ela está conseguindo aumentar seu repertório, aprendendo a viver com a diferença”, pontua a especialista do LIV.


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