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Veja os riscos do uso excessivo de telas e sugestões de brincadeiras para substituí-las nas férias

A proibição do uso de celular nas escolas será implementada em breve. Mas, nas nossas casas, será que podemos tomar medidas parecidas?  Simplesmente vetar o acesso de crianças e de adolescentes às telas?

Para Márcia Frederico, psicóloga e consultora pedagógica do LIV, a saída é apostar na negociação e em tomadas de decisões que levem em conta a faixa etária das crianças. As telas, diz, não devem ser oferecidas antes dos 3 anos. Em casos raros, ela sugere que se apresente um desenho animado, sempre por pouco tempo, e com acompanhamento.

“É preciso interagir junto, ajudando a contar a história, falar as cores e as formas que aparecem ou comentando algo sobre o desenho. Pode-se falar: “olha como o personagem se sentiu! Nossa! Ele ficou triste, vamos ver como ele vai fazer?” 

No caso de crianças maiores, Márcia recomenda que se estipule o tempo diante das telas e se restrinja o acesso a conteúdos impróprios para a idade ou perigosos. A negociação precisa vir acompanhada de explicações para não ser vista como autoritária. É preciso que os jovens entendam por que não podem passar o dia inteiro jogando online ou nas redes sociais.

“Desenvolver o diálogo e explicar o porquê sim e o porquê não é essencial. Isso estimula a construção de pensamento crítico e ajuda a formar uma ética digital”.

Nas férias, cuidado redobrado

Esses cuidados são ainda mais urgentes durante as férias escolares, quando as crianças e adolescentes, livres das obrigações diárias, tendem a ficar mais horas diante das telas, muitas vezes isoladas, o que afeta não somente a saúde mental, mas também a capacidade de interagir com o outro.

“O uso excessivo de telas provoca problemas de visão, de postura corporal, atrofia a motricidade fina, causa sedentarismo e aumento de peso. No campo relacional, empobrece a capacidade de socialização direta. O mundo virtual resume tudo a um emoji ou a outras simplificações. No campo imaginativo, as telas também reduzem a capacidade de elaboração mais complexa, por conta das facilidades em entregar tudo muito pronto”, crítica, acrescentando que as redes sociais podem impor padrões irreais. “Elas podem ser fonte de pressão por padrões de corpo, de felicidade, de aceitação, provocar cancelamento social. Enfim, uma série de perigos que podem levar a quadros gravíssimos e até mesmo letais”, diz Márcia.

Afastar as crianças das telas não é fácil, mas Márcia sugere, além de conversas explicativas sobre a importância da medida, algumas atividades lúdicas que podem ser oferecidas durante as férias e fazer sucesso. Confira algumas ideias que pedimos a ela e a Daniel Moraes, também consultor do LIV:

Desafio do desenho: Um adulto ou uma das crianças, caso estejam em grupo, elege um tema para ser desenhado, como uma casa, um cachorro ou uma profissão. Os assuntos podem variar de acordo com a idade, gostos e capacidade de desenho. A atividade também pode ser divertida para adolescentes, pois permite explorar a criatividade, o improviso, a capacidade de lidar com uma situação inesperada.

Jogos de tabuleiro: Os pais ou cuidadores podem oferecer jogos de tabuleiro ou até mesmo incentivar que as crianças e adolescentes construam a própria brincadeira. É possível criar um jogo da memória recortando imagens de revista e colando em um papelão grosso.

Objetos de duas ou mais funções:  Outra atividade possível para se fazer também nas férias é criar cenários: pode-se pegar um tecido, um lençol e transformá-lo em barco, em tenda. Um cabo de vassoura pode ser transformado em espada, cetro real, varinha de condão. Que tal perguntar às crianças que outros usos elas podem dar para objetos do cotidiano? 

Mímica e adivinhações:  A brincadeira é clássica e não sai de moda. Entre os adolescentes, faz sucesso. Podem ser adivinhados através da encenação nomes de filmes, títulos de livros, profissões…

Teatro de Sombras: Para transformar a casa em um teatro de sombra, a dica é realizar a atividade em uma sala com pouca luz. Os pais podem usar uma lanterna ou luminária para criar sombras em uma parede e incentivar as crianças a usarem as mãos ou objetos para criar formas que representam personagens ou cenas. Elas podem inventar uma história juntos e apresentá-la para a família.

Jogo dos Sentimentos: Os responsáveis podem escrever em cartões ou folhas soltas as diferentes emoções, como alegria, tristeza, medo e raiva. Cada criança sorteia um cartão e faz uma mímica ou descreve situações em que aquela emoção aparece. Se for sorteada a alegria, a criança pode fazer uma mímica de uma vez que se sentiu alegre, além de mostrar em seu corpo como esse sentimento é percebido (sorriso, pulos, gestos com as mãos.

Expedição na Natureza: As férias podem ser um ótimo momento para conectar as crianças ao meio ambiente e despertar a curiosidade científica. O contato com o mundo pode fortalecer a inteligência naturalista, estimular a observação e promover a consciência ambiental. A dica é incentivar as crianças a observarem plantas, insetos e objetos da natureza em uma caminhada, que pode ser em um parque ou até mesmo no quintal. As descobertas podem ser documentadas por câmeras do celular ou desenhos feitos pelas crianças.

Caça ao Tesouro Temática: Uma brincadeira de Caça ao Tesouro Temática pode estimular o raciocínio lógico e a cooperação, além de auxiliar no desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas, pensamento crítico e trabalho em equipe. Os pais podem elaborar pistas com dicas ou desafios que levem ao próximo local até encontrar o tesouro, que pode ser algo que as crianças gostem, como doce ou um brinquedo. As pistas podem incluir enigmas, charadas ou tarefas para completar.

As sugestões dos especialistas LIV podem agradar crianças de diferentes faixas etárias. Incentivar brincadeiras em grupo e jogos é uma forma de ajudar no desenvolvimento de habilidades sociais e da inteligência emocional, já que ambos requerem comunicação, capacidade de resolver conflitos, empatia, entre outros.


Quer conhecer mais sobre o LIV e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais? Confira mais nas redes sociais e fique ligado nos próximos episódios do Sinto que Lá Vem História.

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O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.