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Educação Integral: como o programa socioemocional do LIV auxilia na aprendizagem dos alunos

Você sabia que a educação socioemocional pode contribuir muito com a aprendizagem em todos os aspectos curriculares? Descubra mais nesta publicação!

Você já pensou sobre investir em uma educação socioemocional na sua escola? Existem muitas dúvidas sobre como ela funciona na prática e se é a escolha certa para a sua comunidade escolar. Para refletir sobre a importância desse pilar fundamental, nós do programa LIV separamos pontos importantes para te ajudar a entender como a educação socioemocional está atrelada diretamente ao conceito de educação integral e como pode ser colocada em prática no dia a dia. Confira!

Índice:

Por que investir na educação socioemocional como ferramenta de aprendizagem?

Educação Integral: como o programa socioemocional do LIV auxilia na aprendizagem dos alunos -LIV Inteligência de Vida

Quando a gente fala em emoção, as pessoas geralmente pensam aspectos separados da razão. Você já deve ter escutado a frase: “É preciso usar mais razão que emoção” ou alguma parecida, não é mesmo? Mas, a realidade é que a emoção é mais elaborada do que muitos pensam e, ainda hoje, pouco compreendida. 

  • Razão x Emoção

Se você buscar na memória, verá que diversos aprendizados da sua vida, incluindo os conteúdos escolares, são lembrados não apenas de modo racional, mas também carregados de lembranças emocionais. Isso porque aprender vai muito além de memorizar teorias e realizar exercícios, mas também inclui aprender a ser, a conviver, a conhecer e a fazer, assim como citado por uma das principais referências da educação contemporânea, o relatório da Unesco assinado pelo educador Jacques Delors.

Mas ele não é o primeiro. No século XX, por exemplo, pesquisadores reconhecidos na psicologia e pedagogia como Henri Wallon, Lev Vygotsky e Paulo Freire já defendiam que as emoções eram como lentes para enxergarmos o mundo. E que apartar as emoções dos processos cognitivos não era o melhor caminho para a educação. 

Mais recentemente, e seguindo a tendência mundial, o documento norteador da educação brasileira, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), também passou a incluir, para além do aprendizado tradicional, os seguintes componentes obrigatórios:

  • Autoconhecimento e autocuidado
  • Empatia e cooperação
  • Pensamento crítico
  • Comunicação 
  • Trabalho e projeto de vida
  • Responsabilidade e cidadania

A educação socioemocional como pilar curricular

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Em instituições parceiras do programa LIV – Laboratório Inteligência de Vida, a educação socioemocional acontece, em geral, em atividades dentro de um horário na grade de aulas. Contudo, diante da necessidade de expandir esse olhar para todo o currículo, é cada vez maior o número de escolas que têm nesse aspecto um pilar de sua educação, que perpassa todas as disciplinas.

A educação socioemocional incentiva as crianças e os adolescentes a ter habilidades como comunicação, criatividade, pensamento crítico, além de expandir a noção de empatia e a capacidade de relacionamento com outras pessoas, para citar apenas alguns pontos.

Mas para que isso aconteça, é preciso que o aluno goste e se interesse pelo conteúdo, tenha curiosidade sobre o que está sendo falado.  Uma das explicações para isso vem da neurociência.

Em nosso cérebro, cada conexão neural tem um valor em si mesma, porque ela foi produzida, mantida e sustentada pelo processo de aprendizado do indivíduo. Só o fato de observar o ambiente, ver uma imagem ou escutar uma música ou uma voz já são experiências que constroem sinapses. 

Essas sinapses acabam representando os chamados circuitos neuronais, específicos para cada indivíduo. Não existem dois cérebros iguais. Pensando nesse desenvolvimento, podemos entender o impacto da neurociência também na educação: as pessoas não são iguais. Logo, é preciso considerar as peculiaridades de cada pessoa no processo.

Quando não se leva isso em consideração, as experiências não ganham caráter de relevância e perdem-se na memória. E isso pode afetar a educação formal quando ela se torna totalmente conteudista, ignorando as especificidades de cada aluno, especialmente a maneira como ele se sente ao aprender.

Educação socioemocional para a vida

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A educação socioemocional é um grande reforço na maneira como lidamos com o mundo, e o desempenho acadêmico não é diferente. O desenvolvimento socioemocional é um aspecto constitutivo da vida dos nossos alunos, seja ele pessoal, social ou profissional. 

Como mencionamos no início deste texto, nosso desempenho é atravessado pelas nossas emoções, pela maneira como nos colocamos diante de cada circunstância. Entender, refletir e agir a partir da posição que estamos é um trunfo para uma vida com autonomia e protagonismo, sem perder aquilo que nos faz humanos. 

Importante mencionar que a educação socioemocional não é uma pílula mágica. Ela também não é, não pode e nem deve ter como característica ser prescritiva. Mas sim, deve partir da premissa de considerar o mundo e as pessoas em sua plenitude, sem buscar um viés robotizante e focado apenas em técnicas.

O ponto de foco está em criar as condições, dar solo fértil para o florescimento dos resultados, ao mesmo tempo em que cultivamos uma percepção mais ampla, mais sistêmica e integral da educação. 

Provas, avaliações e resultados são, obviamente, importantes. Mas, ao mesmo tempo, são apenas métricas que dão uma pequena fração, um recorte no tempo, de um processo muito mais demorado e complexo, que é a de desenvolver os alunos e a nós mesmos em nossa plenitude.

Educação socioemocional para lidar com desafios

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Quando olhamos a escola no contexto da pandemia, percebemos o quanto tudo isso ganha ainda mais relevância. Segundo uma pesquisa realizada pela Fiocruz, “entre um terço e metade da população exposta a uma pandemia pode vir a sofrer alguma manifestação psicopatológica”.

Isso para nós, adultos, traz questões e desafios. Ela também afeta os nossos filhos e alunos, que experimentam isso de maneiras diferentes da nossa. Será que agora, ao voltar definitivamente a escola, não é possível que eles também estejam passando por uma série de inseguranças? 

Quando falamos de provas, sabemos que elas podem causar ansiedade e frustração nos alunos, e não só neles. O que está em questão quando eles fazem uma prova? O que isso significa para eles? E a nota? O que ela quer dizer? 

E o que fazer diante de uma nota baixa ou um resultado diferente do esperado? O que fazer como família? Como lidamos com esse tipo de resultado vindo dos nossos filhos? Ainda que aconteçam em aulas de disciplinas tradicionais, todas essas questões passam pelo aspecto socioemocional.

Mais do que achar que iremos controlar ou silenciar as nossas emoções, chegou o momento de olharmos com generosidade para os nossos sentimentos e o desenvolvimento socioemocional. 

Educação socioemocional em todas as áreas de aprendizagem: caminhos práticos do LIV

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Agora que você conheceu um pouco mais sobre a necessidade de ter a educação socioemocional como um pilar curricular das escolas, te convidamos a conhecer algumas recomendações práticas para tornar esse conceito uma realidade. Veja a seguir:

  • Construir espaços na rotina escolar para compartilhar experiências e sentimentos:

    Essa prática pode ser uma forma de estarmos mais atentos ao clima emocional de alunos, professores e demais agentes escolares, o que vai impactar diretamente na qualidade da comunicação e dos relacionamentos na escola, além de auxiliar o desenvolvimento da autorregulação emocional, um dos pilares da inteligência emocional. 

  • Acolher sentimentos desde a Educação Infantil:

    Desde a primeira infância podemos iniciar o nosso letramento emocional, aprendendo a reconhecer e a nomear as emoções em nós e nos outros. No LIV, fazemos isso pela identificação e associação da criança com os sentimentos e experiências dos personagens das histórias que contamos e também nas brincadeiras e músicas que tematizam sentimentos e fazem parte da rotina do programa com os pequenos.

  • Manter o acolhimento ao longo de todo o ciclo escolar

    Para estudantes maiores, do Ensino Fundamental e Ensino Médio, propomos jogos colaborativos, séries, projetos e exercícios de escuta ativa e compartilhamento (que chamamos de Círculo ou Espaço da Confiança), e que ajudam a traçar paralelo com suas experiências e a ampliar suas perspectivas sobre esse gerenciamento dessas vivências e sentimentos.

  • Reservar um tempo para que todos tenham a chance de cuidar de seus sentimentos

    É importante abrir esse espaço sempre que possível, ou ao menos demonstrar disponibilidade para que todos sejam ouvidos. Afinal, as emoções não ficam do lado de fora da escola. Não se esqueça também de ter esse cuidado consigo próprio. Faça o exercício de se atentar às suas emoções ao chegar às aulas e busque estabelecer parcerias e estratégias práticas para que você também tenha um lugar de acolhimento.

  • Compreender as diferenças no modo de se expressar

    Lembre-se que todos possuem diferentes formas de participar desses momentos de acolhimento. Muitas vezes temos a impressão de que os alunos que se expõem mais são os únicos envolvidos com a aula. No entanto, não existe um único jeito de aprender sobre sentimentos. O silêncio e a escuta podem ser um sinal de envolvimento com o ambiente que está sendo construído no encontro. Você pode checar, ao longo da aula, como eles estão se sentindo, se há alguma dúvida ou comentário, ou também pode perguntar reservadamente.

  • Estabelecer relações de confiança

    Às vezes, as emoções transbordam e, nesses momentos, podem surgir o choro, o grito, a birra. Os caminhos para lidar com essa situação são muitos, mas uma atitude é essencial: estabelecer uma relação de confiança e respeito entre a turma, criando um espaço sem julgamentos. Além disso, busque promover um espaço para que o aluno possa falar sem exposição ou que ele possa se acalmar sozinho fora da sala de aula, se desejar. Construa também uma rede com outros(as) professores(as) ou funcionários da escola (auxiliares, psicólogas, inspetores, secretárias, diretoras etc.) para lhe auxiliar nesse processo quando for necessário.

Lembramos que trabalhar esses aspectos de maneira pontual não necessariamente terá os efeitos esperados. Para se tornar uma realidade, a educação socioemocional deve estar atrelada ao projeto pedagógico e aos princípios da escola, sempre embasada por referências de qualidade e programas que apoiam a formação dos alunos quanto dos educadores, assim como o LIV.

Quer saber mais sobre como o LIV desenvolve a inteligência emocional das crianças? Acesse o e-bookSentir é aprender: histórias da sala de aula com o LIVe conheça depoimentos reais de educadores e instituições parceiras que já utilizam e recomendam o programa!

Veja também:

O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.



O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.