
11/10/2022
A educação socioemocional pelo olhar das crianças
Conheça 4 histórias do LIV sobre desenvolvimento socioemocional na infância para inspirar o Dia das Crianças!O desenvolvimento socioemocional, especialmente nas crianças, pode ser vivenciado de um modo lúdico. Nesse sentido, histórias, músicas e personagens têm um papel essencial de ajudar os pequenos a externalizar seus sentimentos e colocarem o que pensam em palavras.
No LIV – Laboratório Inteligência de Vida, usamos essas referências como ferramenta pedagógica para ajudar as crianças a desenvolverem sua inteligência emocional, de modo a conhecer seus próprios sentimentos e levá-los para suas vidas além da escola.
Para exemplificar essa relação e mostrar como a educação socioemocional é vivenciada pelas crianças, selecionamos quatro depoimentos de escolas que contam como seus alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental estão assimilando as práticas das aulas de LIV e repercutindo esse aprendizado com suas famílias.
Veja mais a seguir e encante-se com essas histórias:
“Minha família parece com a da tia Val, porque quem me cria é minha avó”
“Em uma aula do 3º ano de LIV [do Ensino Fundamental], que tem a Fernanda como personagem principal, um aluno se pronunciou no meio da roda citando a família dele, que parece com a família da Fernanda [que na história é criada pela tia Val]. Isso marcou muito a gente na escola, porque esse aluno é criado pela avó. Então, quando ele falou: “Minha família parece com a da tia Val, porque quem me cria é minha avó”, ele falou orgulhoso da família dele, independentemente de quem está ali fazendo aquele papel de pai e mãe, que no caso dele é a avó. Ele se sentiu feliz porque a Fernanda também tinha esse mesmo modelo familiar. Ele falou isso se sentindo orgulhoso. Quando a gente observou aquele espaço de fala e que nosso aluno colocou para fora os sentimentos dele, a gente viu o quanto o LIV é importante no colégio.” – Relato enviado por escola parceira do LIV.
“Eu estou igual ao Tomás, eu preciso pedir perdão à minha mãe”
“Eu vou colocar aqui um caso que eu acho muito importante, sobre a criança entender por que ela está sentindo algo e reconhecer o sentimento e partilhar esse sentimento com alguém, com uma pessoa que precisa escutar sobre ele. Tem uma criança que, depois que a professora realizou uma atividade de LIV em sala de aula, ela se reconheceu e se identificou com o personagem, que no caso é o Tomás [protagonista das histórias do 1º ano do Ensino Fundamental]. [Na aula] a criança percebeu que estava com ciúme da irmã dela, que estava doente e a família toda estava dando atenção à irmã. E disse: ‘Eu estou igual ao Tomás, eu preciso pedir perdão à minha mãe. Minha mãe me ama do jeito que a família do Tomás o ama também’. E quando ela desceu para ver a mãe que ia recebê-la na escola, ela começou a chorar e disse: ‘Mãe, eu tenho uma coisa para te falar, mas só em casa’. E, depois, a mãe veio e falou para a professora exatamente o que aconteceu. Então, esse reconhecimento em falar para o outro desse sentimento e o outro entender o comportamento e as ações daquela criança devido aos sentimentos é muito importante. E acho que o Ensino Fundamental nas séries iniciais é o momento de se falar mesmo dos sentimentos, de se reconhecer, de nomear algo que antes não acontecia.” – Relato enviado por escola parceira do LIV.
“Mãe, eu quero levar o Geraldo para Aracaju”
“Eu gostaria de trazer o relato de uma aluna minha de LIV do 2º ano [do Ensino Fundamental]. O personagem desse ano é o Geraldo e suas histórias trazem muito o conceito de empatia. E uma aluna foi sorteada para levar o Geraldo para passar o fim de semana em casa. E nesse fim de semana que ela foi contemplada, ela ia viajar. Nós moramos em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e ela iria para Aracaju. Ela chegou em casa e falou para a mãe dela: ‘Mãe, eu quero levar o Geraldo para Aracaju’, e a mãe: “Mas filha, é uma viagem muito longa. E se você perder ou se acontecer alguma coisa com o Geraldo? Não, você não vai levar, nossa mala já tem muita coisa”. E ela falou: “Não, mãe, eu quero levar o Geraldo, eu me responsabilizo em cuidar do Geraldo, em levá-lo e depois devolvê-lo para a escola e contar minhas experiências vividas lá em Aracaju’. […] Olha o conceito de cuidado, o conceito de responsabilidade e de autonomia que essa criança teve em levar, trazer, cuidar. O Geraldo não viajou dentro da mala, viajou no colo dela, e ali ele vivenciou uma viagem sensacional e eu achei muito interessante essa vivência dessa aluna […]. Resultado do fruto das aulas do LIV. Isso é bacana, a gente leva para as famílias esse conceito de empatia, de cuidado, de responsabilidade, de autonomia, e as famílias reconhecem isso no LIV.” – Relato enviado por escola parceira do LIV
“Queria ser determinada como a Mel”
“Estávamos no colégio, com uma aula do que seria o antigo pré-escolar, e a professora com a Mel [personagem da Educação Infantil] trazendo uma história e uma aluna começa a chorar. Aí os amigos levantam e dizem: ‘Não chora, não chora’. E a professora: ‘O que foi, minha querida, por que você está chorando?’. E ela: ‘Ai, prô, eu queria tanto ser como a Mel, eu queria ser fofa, mas ao mesmo tempo determinada, e eu não consigo ser assim com minha mãe’. E a professora: ‘Como não?’. E a aluna: ‘A mamãe não percebe o quanto eu preciso dos abraços dela e eu não consigo falar para a mamãe sobre isso’. E ela relatou, com muita propriedade, que ela tinha tudo, mas não tinha o abraço da mãe.
Faltava para ela esse vínculo de afetividade e, como na definição da personagem da ovelha Mel, ela queria ser fofa e determinada, falar para a mãe que falta essa relação de emoção. A professora fez todo um trabalho, os amigos abraçaram e a professora disse: ‘Você precisa tentar. A Mel é fofa, mas ela também tem essa vontade, e ela tenta, para poder ser forte, determinada, alcançar suas necessidades’. […] E uma cena que jamais vamos esquecer foi o dia que ela chegou na escola gritando: ‘Gente, gente, minha mãe me abraçou e eu sou a Mel’. Não foi do dia para a noite, mas até hoje a mãe se despede no colégio dando um forte abraço e um beijo bem gostoso na filha para que ela fique conosco o dia todo.” – Relato enviado por escola parceira do LIV.
LIV: uma inspiração para o desenvolvimento socioemocional na infância
Muitas vezes, recebemos perguntas de escolas e famílias sobre como o desenvolvimento socioemocional acontece na prática e é por meio de relatos como esses que acabamos de ler que podemos entender como crianças, mesmo sendo muito pequenas, aprendem a demonstrar seus sentimentos e amadurecem em relação à inteligência emocional durante as aulas de LIV.
E esses são apenas alguns entre os muitos relatos que recebemos das escolas parceiras do programa. Se você se inspirou e quer conhecer mais sobre o programa LIV e sobre como ele apoia crianças e também professores, gestores e famílias no desenvolvimento socioemocional, acesse nosso site e agende uma conversa com nossos consultores!
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Veja também:
- Como os personagens infantis ajudam crianças a entender os sentimentos?
- O corpo como construtor das aprendizagens e das relações
- Kit Gratuito do Movimento LIV: Pela Saúde Mental nas Escolas
- 5 motivos para investir em educação socioemocional
- Siga o LIV nas redes sociais!
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O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.
O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.