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Tendência da Educação

6 tendências da educação para usar na sua escola!

Educação socioemocional, metodologias ativas, sala de aula invertida, aprendizagem visível, avaliação formativa e revalorização das relações presenciais. Conheça algumas tendências para o futuro da educação!

Conteúdo criado em parceria com a Plataforma Gente

 

Embora sejam vistas como ‘tendências para o futuro’, algumas práticas educacionais já estão transformando a realidade de centenas de escolas no Brasil e no mundo. Educação socioemocional, metodologias ativas, aprendizagem visível e a revalorização das relações presenciais são algumas dessas tendências que você vai conhecer mais ao longo deste texto.

O que esperar da educação do futuro?

Antes de falarmos sobre essas tendências, é importante entender que a escola como conhecemos não vai mudar “do dia para a noite”. Toda transformação na sociedade é gradual, e o mesmo vale para o âmbito educacional.

Outro ponto importante é que nem toda transformação para a educação que se deseja no futuro partirá de avanços tecnológicos. É claro que o avanço dos recursos digitais e da internet mudaram nossa concepção de mundo e a maneira como nos relacionamos, mas nem sempre isso significa colocar computadores, impressoras 3D ou tablets nas mãos dos alunos.

É preciso, sobretudo, prepará-los para enfrentar essas mudanças e tecnologias com olhar crítico, entendendo qual o lugar de cada cidadão diante desses avanços.  

Isso porque a revolução tecnológica que vivemos traz nuances que antes eram menos intensas. Segundo pesquisas de mercado, por exemplo, até 47% dos postos de trabalho serão substituídos por máquinas nos próximos 25 anos. 

“É importante que o estudante desenvolva as suas habilidades desde a sua formação escolar, para garantir que esteja mais bem preparado para os desafios que estarão presentes na vida adulta. Compreender e estimular o desenvolvimento das competências individuais é ir além do ensinar a fazer, mas reconhecer que somos seres em transformação, em constante aprendizagem”, explica Daniel Henrique Moraes, consultor pedagógico do LIV – Laboratório Inteligência de Vida.

Daniel ressalta ainda que o olhar atento aos novos desafios que a escola vai enfrentar justifica a necessidade de uma formação que auxilie o estudante no desenvolvimento de suas habilidades e consequentemente de diversos tipos de inteligências. 

“O assunto emerge nos novos desenhos das teias sociais e seu funcionamento. É importante que a educação não seja apenas um ato vertical de repassar conteúdos científicos, mas de potencializar as ferramentas que serão necessárias para o futuro que se aproxima”, destaca.

É inegável que nossa sociedade vive um processo de transformação acelerado, originado pelas rápidas mudanças ocasionadas pelo desenvolvimento contínuo de novas tecnologias. Segundo o estudo Parenting 2021, realizado pelo Google, uma das três maiores preocupações dos pais quanto à formação de seus filhos está em prepará-los para o mundo. 

E dialogar diretamente com as famílias e compreender melhor seus anseios é um desses desafios que o presente e o futuro apresentam. A escola não pode ser a mesma que era há 30 anos, ela deve dialogar com o seu tempo e principalmente com o do seu público. 

6 tendências atuais que vão inspirar a educação do futuro

Para entender um pouco mais sobre as tendências para a educação do futuro, selecionamos algumas mudanças que impactam não apenas a organização das escolas, mas também seu fazer pedagógico.

Lembramos que essas tendências dizem mais respeito à maneira como a educação tem sido vista pela sociedade do que meramente ao uso de ferramentas digitais. Confira a seguir:

  • 1 – Aprendizagem visível

O conceito de aprendizagem visível é uma prática pedagógica intencional para evidenciar o percurso de ensino e de aprendizagem para o próprio aluno – e, consequentemente, para sua família e para a comunidade escolar como um todo.

Segundo a coordenadora pedagógica do LIV, Ana Carolina Medeiros, esse conceito envolve um processo contínuo de registro e de documentação para tentar ajudar o aluno a compreender seu processo de aprendizagem para além da nota. 

Esse, porém, é um desafio na maioria das escolas que buscam, tradicionalmente, evidenciar a aprendizagem através de provas ou atividades que geram alguma nota, ou apenas de boletins entregues aos pais durante período letivo.

Para a coordenadora, essa tendência a dar mais visibilidade na aprendizagem envolve pensar como a vivência de sala de aula, o processo do aluno, a relação e a rotina conseguem transparecer de outras maneiras que favoreçam a transposição não só da aprendizagem do aluno em termos de habilidades cognitivas, como das habilidades voltadas para o desenvolvimento socioemocional.

  • 2 – Avaliação formativa

Ao dar visibilidade aos aprendizados dos estudantes, as escolas precisam passar também por uma reformulação na maneira como avaliam seus alunos. Afinal, sabemos que tirar nota dez em todas as provas não é garantia de sucesso no futuro, tanto para aspectos pessoais quanto profissionais.

Nesse sentido, a avaliação deixa de ser meramente um resultado da aprendizagem para tomar um lugar de formação no processo de ensino, permitindo que o professor encontre caminhos para validar o que os alunos desenvolveram para além das notas em provas. A tendência mundial é que a avaliação deixe de ser o fim para se tornar um meio em benefício do desenvolvimento do aluno, ajudando em seu percurso formativo.

  • 3 – Metodologias ativas

Metodologias ativas de aprendizagem são propostas pedagógicas pensadas intencionalmente para incentivar os estudantes a pensarem de forma autônoma e mais participativa. Elas já são usadas em muitas escolas no Brasil e no mundo, e a tendência é que tenham mais relevância ainda no futuro. 

Colocar esse conceito em prática, porém, ainda é um desafio para a maioria dos educadores. Em partes, isso está relacionado ao fato de que a formação tradicional que a maioria dos professores recebeu é bastante diferente das práticas possibilitadas pelas metodologias ativas, tornando sua aplicação distante do dia a dia escolar.

Saiba mais sobre metodologias ativas para favorecer a aprendizagem, aqui!

  • 4 – Sala de aula invertida

Dentre as metodologias ativas que ganharam destaque recentemente, está a sala de aula invertida. Ela parte da proposta de inverter a dinâmica tradicional de aulas expositivas para um cenário no qual os alunos usam o tempo em sala para praticar e interagir com professores e colegas, deixando o aprofundamento teórico para momentos externos à escola, usando recursos digitais.

Com a recente ampliação do uso desses recursos pelos estudantes, inverter a lógica da sala de aula é cada vez mais possível, tanto que a tendência vem ganhando espaço não apenas nas escolas, mas também nas faculdades e universidades, que passaram a valorizar ainda mais os momentos de encontro presencial.

  • 5 – Revalorização das relações humanas

Ao longo dos dois anos de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19, muito foi debatido sobre o real valor das escolas e houve até quem questionasse se a educação remota substituiria a escola presencial. O que notamos com o tempo, contudo, é que a necessidade de contato social trouxe uma nova perspectiva para as relações humanas, com maior valorização dos momentos presenciais.

“Desde a antiguidade, com Aristóteles,  percebemos o ser humano como essencialmente social. É em contato com o outro que entendemos melhor a nós mesmos e o mundo que nos cerca. O diálogo nos possibilita agregar a experiência do outro, tornar ela nossa, é a formação de uma inteligência coletiva. Percebemos, assim, a importância do professor como mediador do processo de ensino e aprendizagem, que pode tornar essa experiência enriquecedora para os estudantes”, destaca o consultor do LIV, Daniel Henrique.

  • 6- Educação socioemocional

Outra tendência que veio para ficar é a valorização da educação socioemocional e que já faz parte da proposta pedagógica de diversas de escolas no país. Trata-se de uma abordagem que valoriza e incentiva intencionalmente o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, como colaboração, pensamento crítico, comunicação e proatividade, dentre outras. 

Também chamadas de soft skills, essas habilidades requerem das escolas um olhar para além do aprendizado dos currículos tradicionais e vêm sendo abordadas pelos mais variados autores, como Daniel Goleman, Howard Gardner e Carol Dweck, dentre outros.

Além disso, as habilidades socioemocionais passaram a fazer parte do currículo básico das escolas brasileiras, estabelecido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), permitindo que sejam valorizados e incentivados dentro de todas as escolas, tanto da rede pública quanto redes privadas.

Quer saber mais sobre a educação socioemocional? Acesse o e-book Educação e Afeto nas Escolas: Histórias que acolhem e conheça depoimentos reais de educadores e instituições parceiras do LIV! 

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Veja também:

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O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.

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O LIV – Laboratório Inteligência de Vida é o programa de educação socioemocional presente em escolas de todo o Brasil, criando espaços de fala e escuta para ampliar a compreensão de si, do outro e do mundo.